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quinta-feira, 25 de março de 2010

Alunos da rede pública recebem noções de Direito


Direitos Humanos não é mais um mistério para os alunos do ensino médio do Colégio Estadual Marquês de Maricá, em Pau Miúdo. Na manhã de terça-feira (23), meninos e meninas lotaram o auditório do colégio a fim de conhecerem e de entenderem um pouco mais sobre a Constituição Federal de 1988, que configura um marco na contemplação dos Direitos Humanos no Brasil.
A ação está relacionada ao Projeto "OAB vai à Escola", uma parceria entre a Ordem dos Advogados da Bahia (OAB) e a Secretaria da Educação do Estado da Bahia. Lançado em 2008, o "OAB vai à Escola" tem como objetivo levar, aos jovens estudantes da escola pública, conhecimentos mais profundos dos direitos e dos deveres estabelecidos na ordem jurídica do país.
"Nós trazemos para a escola noções do Art. 5º da Constituição, noções do Estatuto da Criança e do Adolescente, noções de Direito do Consumidor, para que o cidadão tome conhecimento das ferramentas, dos instrumentos que o estado brasileiro oferece para a defesa dos direitos, em especial dos direitos coletivos", explica advogada Eliasibe Simões, membro da Comissão de Direitos Humanos da OAB, apresentando a Cartilha do Projeto, que foi entregue aos estudantes.
A advogada ressalta o papel da Secretaria da Educação junto a alunos e professores, no processo de sensibilização e de aproximação entre a OAB e as escolas: "Nós estamos contando com a sensibilidade do governo, com uma nova sistemática, com o cuidado maior com a educação, para conseguirmos contribuir com o despertar desses jovens. O apoio da Secretaria é fundamental para que possamos desenvolver esse trabalho, que há tantos anos nós tentávamos implantar", diz.
Juliete Santana, de 18 anos, aluna do 3º ano, estava atenta à exposição na primeira fila do auditório. A expectativa da estudante é de que, com os esclarecimentos sobre a organização da Justiça e a função das Leis, a convivência na escola e em casa fique ainda melhor. "Gostei muito porque fiquei sabendo coisas que eu não sabia como, por exemplo, dos meus direitos, que eu não sabia de todos. Eu espero que os meus colegas também acatem esses exemplos aqui e vejam alguma coisa boa, que vai ser útil pra gente daqui pra frente", torce Juliete
Já a estudante Geisa Silva, de 15 anos, aluna 1º ano do ensino médio, quer também, aproveitar os ensinamentos para garantir espaço no mercado de trabalho. "Achei interessante porque eu estou querendo fazer concurso para Direito", anuncia a menina. "Além disso, a aula vai ajudar bastante no colégio, porque aqui, entre nós mesmos, existem as diferenças e a gente precisa aprender a respeitar isso", completa Geisa.
Para a diretora do Marquês de Maricá, Ângela Araújo, o grande benefício do Projeto é, de fato, a capacidade de fomentar, entre alunos, gestores, professores e funcionários, argumentos para que eles possam exercer a cidadania, principalmente dentro da escola. "Durante a reunião com os pais, um dos pontos que a gente tratou estava relacionado aos direitos e deveres dos alunos. Para que pudéssemos conhecer essas informações dentro da legislação, nós solicitamos a visita da OAB. Para nós, está sendo importante para que a condução do nosso trabalho também seja dentro da lei, assim nós evitamos o achismo e passamos a fazer conscientes", falou Ângela.

Fonte: ASCOM - SECRETARIA

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