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quarta-feira, 11 de junho de 2008

Ideb melhora em toda a educação básica

Levantamento foi divulgado nesta quarta-feira (11) pelo Ministério da Educação.Avaliação leva em conta rendimento escolar e médias de desempenho.



O Brasil superou todas as metas na educação propostas pelo Ministério da Educação (MEC) para serem alcançadas em 2007, de acordo com o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb ), divulgado nesta quarta-feira (11). As metas foram estipuladas pelo governo no ano passado e fazem parte do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). A avaliação foi criada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) levando em conta dois fatores que interferem na qualidade da educação: rendimento escolar (taxas de aprovação, reprovação e abandono) e médias de desempenho.

O objetivo do MEC é que todas as séries atinjam níveis educacionais de países desenvolvidos até a divulgação do índice em 2022: alunos do primeiro ciclo do ensino fundamental devem sair de 3,8 para 6 pontos; estudantes do segundo ciclo do ensino fundamental devem saltar de 3,5 para 5,5 pontos e alunos do ensino médio devem subir de 3,4 para 5,2 pontos. A escala vai de 0 a 10.

Veja aqui os resultados por Estado

A evolução das notas
O Ideb nacional alcançado pelos alunos das séries iniciais do ensino fundamental em 2007 foi de 4,2 pontos, contra 3,8 pontos em 2005. A média proposta para 2007 era de 3,9 pontos na escala. Já os alunos das séries finais do ensino fundamental alcançaram um Ideb de 3,8 pontos em 2007 – índice superior ao proposto para 2009, que é de 3,7 pontos. A nota esperada para 2007 era 3,5. Embora em menor proporção, a média nacional dos estudantes do ensino médio também superou as expectativas do MEC: a nota foi 3,5, contra a média esperada de 3,4.


Evolução desigual nos estados
Mas a evolução no país não ocorreu igualmente em todas as regiões. Segundo as informações do MEC, as séries iniciais do ensino fundamental de estados do Nordeste foram as que tiveram mais melhoria de notas – impulsionando os números para cima. No primeiro ciclo do ensino fundamental Alagoas passou de 2,5 para 3,3 e o Maranhão saltou de 2,9 para 3,7.

Apesar da melhora, os dois estados possuem notas abaixo da média nacional na categoria, que é de 4,2 pontos. Nas séries finais do ensino fundamental, o Estado de Mato Grosso saltou de 3,1 para 3,8 – o que representa uma melhora de 22,33%. Atrás dele está o Amazonas, que melhorou a nota 21,39%, subindo de 2,7 para 3,3. A média nacional ficou em 3,8 pontos. No ensino médio, o Amazonas subiu de 2,4 para 2,9.

Mas a melhora ainda é pequena, levando em consideração que o estado continua com nota inferior à média nacional do país no ensino médio, que foi de 3,5 pontos. O Estado de São Paulo teve uma ligeira melhora no Ideb com relação a 2005: nas séries iniciais a nota subiu de 4,7 para 4,9 (a meta era 4,8); nas séries finais a nota aumentou de 4,2 para 4,3 (a meta era manter-se no 4,2) e no ensino médio a nota subiu de 3,6 para 3,8.

“É um resultado muito importante. Mostra que São Paulo está no caminho certo, com projetos que já indicam uma melhora. É um trabalho importante, de melhoria da qualidade da Educação paulista. As metas estabelecidas foram superadas, mas queremos mais”, afirma a secretária de Estado da Educação, Maria Helena Guimarães de Castro.

Insuficiente
Para Maria Anita Martins, professora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e pesquisadora na área de formação do professor e alfabetização, o indicador é frágil e insuficiente para apontar uma solução para a educação no país. “Não estou muito otimista com esses resultados.

Ainda temos muito que caminhar para chegarmos a oferecer um produto compatível a um padrão de excelência”, afirmou. Sobre a avaliação do Estado de São Paulo – que superou a meta estipulada para 2007, mas ficou praticamente estável no ranking – Maria Anita diz que a mudança é “insignificante”. “O que representa estatisticamente você pular 0,1 ponto em uma escala? Eu acho que é muito pouco e não representa evolução”, avalia.

Fonte:Inep/Sec

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