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terça-feira, 8 de junho de 2010

Bahia dá cartão vermelho ao trabalho infantil


População está convidada a lutar pelo fim da violência contra crianças e adolescentes

Estudantes irão às ruas de Salvador, nesta quinta-feira (10), para dizer não ao trabalho infantil e a toda violência cometida contra crianças e adolescentes. O movimento faz alusão ao Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil – 12 de junho e fortalece a campanha nacional Cartão Vermelho ao Trabalho Infantil, realizada com o apoio da Federação Internacional de FuteboI Associado (Fifa), da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

Fanfarras, oficina de grafitagem, rodas de capoeira, grupos de hip hop e performances circenses serão algumas das atrações a serem conferidas, a partir das 13 horas, na Praça Municipal e durante uma caminhada, que sai às 15 horas da Praça do Campo Grande e segue até a Praça Thomé de Souza. “Todas as atividades apresentadas pelos estudantes nas ruas são desenvolvidas em oficinas do Programa Escola Aberta, que funcionam nas escolas estaduais nos fins de semana”, informa a coordenadora de Articulação Escola e Comunidade da Secretaria da Educação do Estado da Bahia, Naynara Tavares.

A Secretaria da Educação da Bahia e outras instituições que integram o Fórum Estadual de Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção do Adolescente da Bahia (Fetipa) estão apostando na iniciativa como forma de chamar a atenção da sociedade baiana para os maus-tratos sofridos por crianças e adolescentes no estado. “O objetivo é que, ao longo do percurso, a população se incorpore ao movimento e levante o cartão vermelho para o trabalho infantil”, convida a Procuradora do Trabalho Adriana Campelo, do Fetipa, lembrando que o tema da campanha foi inspirado pela proximidade da Copa do Mundo de Futebol e que os cartões vermelhos serão distribuídos durante o movimento.

“Os malefícios do trabalho infantil ainda são ignorados por muitos e há forte resistência cultural para o seu enfrentamento. Nós queremos sensibilizar e envolver a população nesta luta”, explica Adriana Campelo. A procuradora diz que para finalizar as ações, “um pedido de providências será feito ao Prefeito de Salvador e ao Governador do Estado para que se desenvolvam políticas públicas de combate ao trabalho infantil”.

Escola Aberta - Desenvolvido por meio de uma parceria entre o Ministério da Educação, a Secretaria da Educação do Estado da Bahia e a Unesco, o programa Escola Aberta contribui, desde 2005, para a inclusão social e para a promoção da cultura da paz entre os jovens.

Com o Escola Aberta, a Secretaria da Educação do Estado vem apostando na integração entre escola e comunidade, interferindo nas áreas urbanas em situação de risco, para mudar essa realidade.

O programa, que associa o saber escolar institucionalizado aos saberes populares, oferece a trabalhadores voluntários a oportunidade de atuarem junto às escolas, por meio de suas oficinas, nos finais de semana, com o objetivo de disseminar a informação, a cidadania, a recreação, o entretenimento e a formação inicial para o trabalho.

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