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terça-feira, 1 de abril de 2008

Comissão do MEC quer reforma ortográfica a partir de 2009

Novas normas de escrita entrariam em vigor no dia 1º de janeiro do ano que vem.Medida precisa passar por três ministros e por sanção presidencial.

A Comissão de Língua Portuguesa (Colip) do Ministério da Educação (MEC) enviou uma proposta nesta quarta-feira (26) para que a reforma ortográfica entre em vigor em 1º de janeiro de 2009. De acordo com o presidente da Colip, Godofredo de Oliveira Neto, o período de transição entre a norma lingüística atual e a nova é de três anos.
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A medida precisa ainda passar por avaliação dos ministros da Educação, da Cultura e das Relações Exteriores, para seguir para sanção presidencial. “Deve ser rápido o processo. Estimo um mês para que a proposta passe por todos os trâmites. É a única proposta feita e não tem outra na mesa”, afirma Oliveira Neto.

A reforma ortográfica no Brasil é decorrência de um acordo ortográfico internacional que pretende unificar os textos escritos nos oito países de língua porguesa (Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Timor Leste, Brasil e Portugal). A discussão internacional sobre as normas lingüísticas acontece desde 1994 (confira o histórico do acordo ortográfico).

De acordo com o texto da Colip, a partir de 2009 todos os textos produzidos já devem ser escritos na nova norma (veja aqui o que muda na língua), com algumas exceções. Vestibulares, concursos e avaliações deverão aceitar as duas regras como corretas até 31 de dezembro de 2011.

Os livros didáticos distribuídos pelo governo em 2009 para o ensino médio poderão estar escritos na norma antiga. Como a compra de livros não acontece todos os anos para todas as séries, espera-se que os estudantes do ensino médio possam utilizar a norma atual até 2011. Já estudantes do ensino fundamental deverão receber material didático adaptado às normas do acordo ortográfico a partir de 2010.

Vai ou não vai?

No final do ano passado, a própria Colip, que quer as regras em vigor já em 2009, entendeu que deveria esperar Portugal para reformar a língua.

"A Colip acha que não é mais necessário esperar. Já esperamos mais um ano, pois podíamos ter aplicado em 2007. Mas por uma razão de fraternidade, o Brasil esperou Portugal. A boa vontade política do Brasil ficou estampada", disse o escritor e professor Oliveira Neto.
FONTE: G1

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