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sábado, 29 de março de 2008

Segurança/Estudante é assassinado no pátio de escola estadual

Renan Santos, 15 anos, foi executado com vários tiros à tarde, logo depois de deixar a sala de aula
Jorge Velloso
Opátio da Escola Estadual Francisco da Conceição Menezes, no Cabula V, foi palco de um assassinato brutal na tarde de ontem. O estudante Renan Ferreira Santos, de apenas 15 anos, recebeu seis tiros no tórax e cabeça, momentos depois de sair da aula. Segundo a polícia, três homens se aproximaram do estudante e tentaram levá-lo à força, mas como ele resistiu, acabou sendo executado ali mesmo.
O segurança do colégio declarou não ter presenciado o crime. O homicídio ocorreu por volta das 16h, horário da saída de várias crianças da creche que também funciona no estabelecimento. A vítima cursava a 7ª série do ensino fundamental no Colégio Estadual Governador Roberto Santos, localizado nos fundos do Francisco Menezes.
Agentes da 11ª Delegacia (Tancredo Neves) que investigam o caso ainda não têm pistas dos bandidos, que fugiram de bicicleta. Crianças e adolescentes se aproximaram para ver o corpo, tendo alguns até tirado fotos com aparelhos celulares. A polícia foi acionada e uma viatura da 1ªCIPM (Pernambués) se deslocou até o local. O aluno ainda foi levado para o Hospital Geral Roberto Santos, mas o esforço só serviu mesmo para tirar do pátio da escola a cena chocante, já que o adolescente estava sem sinais vitais.
A mãe do estudante passou mal e desmaiou, mas antes gritava no corredor do hospital: “É o segundo filho meu que matam. Eu não mereço isso”, se referindo também à morte de Renato Ferreira Santos,17, executado há cerca de seis meses, na invasão da Timbalada. Testemunhas afirmaram que Renan jurou vingar o assassinato do irmão e a polícia acredita que por isso ele foi morto.Ronda escolar - Maria Lúcia da Silva, diretora do colégio em que Renan estudava, contou que o adolescente não era agressivo e nem tinha mau comportamento. “Ele só não gostava de estudar.
Cheguei a dar livros e cadernos para tentar estimulá-lo, mas não funcionou”, contou. “Já fora da escola, eu não sei como ele era. A mãe dele já me procurou algumas vezes, chorando muito, preocupada com o rumo da vida dele na comunidade. O grande problema é que muitas vezes os alunos trazem as brigas das ruas para dentro das escolas”, acrescentou a diretora.
No fim da tarde, funcionárias da Secretaria Estadual da Educação (SEC) estiveram no local do crime e consideraram um acaso o assassinato ter ocorrido dentro da escola. “Isso foi um problema criado fora do colégio e que poderia acontecer em qualquer lugar”, disse a diretora de Gestão de Desenvolvimento Escolar da SEC, Euzelinda Dantas.
Questionada sobre a situação da segurança no colégio, Dantas defendeu a importância da implantação do novo programa de ronda escolar, um convênio entre a SEC e a Secretaria de Segurança Pública (SSP), que deve entrar em vigor no próximo mês. “ Já trabalhamos com a prevenção e agora, com esse projeto, iremos combater a criminalidade nas portas das escolas”, prometeu.
Fonte: Correio da Bahia

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