A reprovação é uma das facetas mais tristes do mundo educacional.O professor não gosta de reprovar, o diretor e o coordenador não gostam da reprovação, o aluno a teme, mas muitas vezes ela é inevitável.
Há teóricos que rejeitam completamente a idéia de manter um aluno numa mesma série por dois ou mais anos.
Por isso, a reprovação hoje é uma decisão tomada unicamente quando entendida como um bem para o aluno, como algo que se impõe.
Ela é doída. Mas não é o fim. Eu mesmo fui reprovado na 3ª série do Ensino Fundamental e compreendo, olhando para trás, que o que ocorreu foi bom para a minha formação.
A partir do ano seguinte, passei a conduzir os estudos com mais responsabilidades, com mais interesse e afinco.
Entendo que nos dias atuais, impulsionados por uma visão “psicologizada”, os jovens têm sido tratados, dentro e fora da escola, com muitos melindres.
Eles acabam privados de experiências negativas e, como conseqüência, crescem sem firmeza de personalidade, sem força para enfrentar adversidades e mais propícios à acomodação do que à luta.Talvez a reprovação seja um “mal necessário”.
O foi para mim. Mas ela também é um recado para os pais: não só o desempenho dos filhos foi reprovado, o deles também acabou sendo este ano.
Algo necessita ser revisto não somente na conduta escolar dos filhos, pois os pais também dfevem refletir sobre como têm agido em ralação aos seus rebentos.
Enquanto escola, nós sabemos que a reprovação é uma mensagem também para a instituição. Tivemos este ano mais de 92% de aprovação.
Mas não podemos nos dar por satisfeitos. A nossa meta deverá, invariavelmente, ser 100%, mesmo sabendo que nem sempre depende de nós.
Alguém disse certa vez: "o insucesso é apenas uma oportunidade para recomeçar com mais inteligência."Portanto, façamos de 2008 o ano de um recomeço inteligente.
TEXTO: CLÉRISTON ANDRADE COORDENADOR DO CPM JUAZEIRO
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